O encontro “Caminhos de Santiago – Ultreia Sudoe” decorreu nos dias 15 e 16 de outubro em Pedras Salgadas, reunindo representantes de várias entidades de Portugal, Espanha e França para debater estratégias de cooperação e desenvolvimento sustentável no Caminho de Santiago. Entre os participantes estavam a Fundación Camino Lebaniego, Associação de Municípios do Caminho de Santiago, Fundación Santa María la Real, Agence Française des Chemins de Compostelle, Associação Amica, Município de Vila Pouca de Aguiar, Universidade NOVA de Lisboa e outros representantes.
Deste encontro resultaram várias ações concretas, a implementar, de forma a melhorar a acessibilidade, a segurança e a promoção do Caminho, em destaque para o lançamento de novas ferramentas digitas e campanhas de sensibilização para um turismo mais sustentável. Ficaram agendadas outras reuniões futuras para acompanhar o progresso e dar continuidade ao trabalho de cooperação entre as regiões.
A acessibilidade no Caminho foi um dos temas principais, com a Associação AMICA a propor um novo guia para tornar o percurso acessível a pessoas com mobilidade reduzida ou limitações físicas e intelectuais. Vila Pouca de Aguiar destacou-se por já oferecer infraestruturas acessíveis, como o Albergue de Sabroso, o Welcome Center e o Parque das Pedras.
Outro ponto importante foi a promoção do turismo sustentável. A integração e participação da comunidade local foram sublinhadas, visando não só o conforto dos peregrinos mas também a revitalização económica e cultural das áreas atravessadas. A Xacobeo S.A. destacou a importância de Vila Pouca de Aguiar como um ponto estratégico da rota europeia, apesar do seu pequeno tamanho.
Foi ainda discutida a criação de hubs de dinamização ao longo do percurso, de forma a estimular a economia local, com ênfase em atrações culturais e gastronomia regional. Sob o mote “O que se pode visitar, o que se pode degustar”, os organizadores esperam que os peregrinos descubram o património local e contribuam para uma economia circular.
Considerou-se fundamental a implementação de uma plataforma digital, destinada a centralizar informações sobre o Caminho e os territórios que atravessa. A ferramenta incluirá a venda online de produtos locais, com envio direto para os visitantes, modernizando a experiência.
FONTE: Gazeta Rural