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Notícias > 26 Junho 2024

A urgência de salvar a ponte do Vouga


No Caminho Central, entre Águeda e Albergaria-a-Velha, situa-se a histórica Ponte do Vouga, também conhecida como Ponte Velha do Vouga. Esta antiga travessia, construída no início do século XIII e renovada ao longo dos séculos, desempenhou um papel vital na estrada real que ligava Lisboa ao Porto.

A ponte, que atravessa o rio Vouga e desemboca na Ria de Aveiro, foi alvo de diversas intervenções ao longo da sua história. Durante o reinado de D. João III, no século XVIII, os seus arcos foram ampliados para 15, e mais tarde, no reinado de D. Maria I, a estrutura foi novamente reforçada devido ao impacto das enchentes, somando-se mais um arco ao seu tabuleiro de 225 metros de extensão.

Infelizmente, em novembro de 2011, após vários avisos da Câmara Municipal de Águeda sobre o risco de colapso, um dos pilares da ponte cedeu, resultando no desabamento de dois arcos centrais. Desde então, a travessia está inacessível, sendo que, anteriormente, já se encontrava encerrada por precaução. No entanto, alguns peregrinos aventureiros desrespeitaram as advertências e continuaram a cruzá-la.

Várias iniciativas foram lançadas ao longo dos anos para restaurar a ponte, inclusive por grupos ligados ao Caminho de Santiago, mas os elevados custos da obra e a falta de interesse por parte do Estado Central resultaram num impasse. Recentemente, uma nova tentativa de chamar a atenção para a situação foi promovida por Luís Seabra Lopes, professor da Universidade de Coimbra e especialista em vias romanas na região Centro, através do grupo de Facebook “Arquitetura Tradicional e Urbanismo Portugal”.

Esta campanha apela à conscientização da população sobre o enorme valor patrimonial da Ponte do Vouga e pede uma intervenção urgente para evitar o seu colapso total. A proposta inclui a classificação da ponte como Monumento Nacional, o que facilitaria a sua restauração e preservação.

Além disso, é importante destacar que a Ponte do Vouga faz parte do itinerário de peregrinação entre Lisboa e Santiago de Compostela. Actualmente, os peregrinos são obrigados a desviar-se pela perigosa EN-1, o que acentua a necessidade de proteger este importante património viário e garantir a segurança dos caminhantes.

Podes assinar aqui a petição pública.

 

Fonte: Gronze.com